sábado, 24 de fevereiro de 2007

EU, MARITA, NÃO TENHO VERGONHA!




Não tenho vergonha porque nascer homossexual, transgénero, heterossexual, bonito, inteligente, magro, gordo, numa família rica ou num bairro de lata não é uma escolha nossa. Escolha sim é proceder de forma digna e aceitar o que é diferente de nós e não pode ser alterado pelas mesmas razões que não podemos alterar o que somos. A vergonha é-nos imposta pelo exterior, por algo ou alguém que não nos aceita e, geralmente, se acha com poder para nos obrigar a qualquer coisa. A vergonha imposta é uma forma de abuso de poder. O abuso de poder é discriminação. Por isso, não tenho vergonha, por achar que não é minha obrigação sentir essa vergonha.

Marita Ferreira
Activista, jornalista e artista plástica
Portugal

1 comentário:

Anónimo disse...

é sempre bom ler bons comentarios!

Parabens.